Na tarde do último sábado (1), membros do Guardiões das Sete
Chamas realizaram o Dia em Memória a Frank Sherman Land. Nesse dia, os membros
de nossa Ordem são estimulados a relembrar a história de vida do nosso fundador.
“Dad” Land dedicou sua vida ao crescimento e à expansão da Ordem DeMolay, por
isso, nada mais justo que a observância desta data deva ser agendada em um dia
próximo a oito de novembro, dia em que o nosso fundador morreu, para lembrá-lo
e prestar um tributo à sua memória.
Durante a última semana, o Mestre Conselheiro incentivou os
irmãos para escreverem um texto, falando sobre Dad Land, ressaltando a importância
na vida de cada um deles e assim, prestar uma homenagem ao nosso fundador. No
sábado, os irmãos se reuniram no templo da Loja Maçônica Mizael Teotônio
Pereira nº 23, para fazer a leitura de textos. Após lerem os textos, os
DeMolays falaram sobre os ensinamentos passados por Land a cada um deles. O
Mestre Conselheiro Estadual do RN, o irmão João Vitor, também estava presente
no momento e aproveitou para falar sobre a importância dessa homenagem.
Confira abaixo o texto do irmão Gabriel Araújo, que foi escolhido
entre os irmãos, como a melhor homenagem:
TEMPOS SOMBRIOS
Certa noite adormeci e
sonhei... não era eu, mas sim alguém que conhecia. Uma Senhora dava-me um
envelope e nele tinha dinheiro. Lembro-me de ter entrado em uma instituição,
mas vim perceber muito tempo depois que eu a conhecia... Era a Maçonaria.
Estava alegre, falava com todos os irmãos e naquele momento as lembranças
vieram-me, visualizei o tempo em que eu estudava na escola Dominical, quando
estudava artes, enfim, não entendia como sabia aquilo.
Então, no sonho,
passeava pela rua e recebi uma ligação, era o irmão Sam Freet que pedia para eu
acolher um jovem rapaz de 17 anos, seu nome era Lous Gordon, um rapaz
aparentemente confuso, perdera seu pai na guerra, tinha um olhar de súplica,
recebi-o e logo já o considerava meu filho, rapaz trabalhador, educado e acima
de tudo honesto, não restava dúvidas que por minha causa, aquele jovem garoto
pôde ver novamente a esperança. Notícias saiam constantes e os jornais
anunciavam diariamente crianças que perdiam seus pais por causa de uma estúpida
guerra, essas, que assim como Lous, precisavam de ajuda, necessitavam de alguém
que as devolvessem a felicidade.
Decidi então montar um
clube, era um dia frio e estranho, estava nublado e em minha casa recebia mais
oito crianças, todos órfãos e precisavam de um modelo masculino para
enfrentarem a situação. O clube deu muito certo, logo escolhemos um nome e sete
virtudes para serem seguidas, diversos outros jovens entraram, eu vi minha
criação crescer, mas era de se esperar que ninguém é para sempre e logo faleci.
Diante de um brilho intenso me vi em um local que jamais havia visto, muito
branco e luz calma, local aconchegante e seria perfeito se ao eu olhar para
baixo não visse a mim, dentro de um caixão, sendo levado por aqueles que
acolhi. Leram palavras bonitas, fizeram saudações, se despediram e me
enterraram.
Pode parecer triste,
mas vi que não era, pois cada um deles viraram homens de respeito, ajudaram sua
comunidade e também os necessitados, acolheram mais jovens e formaram uma ordem
forte e próspera, vi ela se espalhar pelo mundo, quando finalmente acordei.
Parei um minuto e refleti sobre a visão que tive. Lembrei dos rostos triste e
desamparados daquelas crianças, refleti sobre o que eles se tornaram e também
nas pessoas que sorriram por causa deles. Pensei na esperança que eles levavam.
Todos, por mais horrível que havia sido seu dia, poderia ter uma noite melhor
se aquele grupo fosse distribuir um pedaço de pão a eles. Eu vi remédios ser
entregues, eu vi cada um ajudar os necessitados, vi eles levando conhecimento.
Pensando no sonho
percebi que queria ser como eles, quero receber obrigados cheios de sentimento,
quero ajudar os outros, mas uma voz veio em minha mente. Seria alguém que eu
conhecia? Um fantasma? Não. Era acalmador, a voz dizia: “Você pode, filho, pois
assim como eles, eu te chamei para isso! Nunca desvie das virtudes, são elas
que vos torna fortes” e então sem saber o porquê eu respondi: “Certo, tio
Frank, eu sou um DeMolay!”.
Gabriel Araújo de Souza
Reunião Ritualística
Na parte da noite, o irmão João Vitor aproveitou sua visita
em nossa cidade, para participar de uma Reunião Ritualística de nosso Capítulo.
Na ocasião, o MCE parabenizou os irmãos pelas atividades realizadas durante a
atual gestão, ressaltando o empenho de todos.
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